segunda-feira, 30 de junho de 2008

Paciência, Entender, Explicar, Corrigir, Elogiar, Crescimento, Recompensa, Sorriso.
É com essa singelas palavras que descrevo aqui tudo o que eu sinto em uma segunda-feira.
Segunda-feira é como um domingo de sol no inverno, aquele em que olhas pra cima e vê o céu azul, tão azul que eu me sinto na obrigação de procurar uma nuvem. Meus pequenos são nuvens. Nuvens que estão sendo carregadas, cheias e sufocadas de informação, para que chovam mostrando resultados e me deixando realizada só em receber aquele olharzinho *-*

- A recíproca nunca é verdadeira?

http://br.youtube.com/watch?v=x8ubCqXi0FI

domingo, 29 de junho de 2008

É assustador ver as proporções que o preconceito vem alcançando sem que as pessoas se dêem conta, pois está mascarado em nosso cotidiano. O pior dos preconceitos, porém, apresenta-se cruelmente e sem artifícios: a discriminação social, regida e controlada pelo dinheiro. É justamente essa forma de conceito formado por antecipação que faz a desigualdade social aumentar absurdamente.
No mundo competitivo em que vivemos, vencerá o mais apto, o mais bem preparado. Podemos dizer, então, que alcançará os melhores resultados quem possuir um bom capital financeiro para investir em si próprio. E o restante? Há muitas pessoas competentes que, por falta de recursos e oportunidades, acabam ficando para trás, sendo anuladas. Surgem, dessa maneira, dois pólos distintos: o pólo intelectual, visto pelos membros da sociedade como os batalhadores, os estudiosos e os aplicados; e o pólo "inculto", dos desinteressados e inúteis. São estes que sofrem discriminação social por parte de nossa medíocre sociedade, que se vale da aparência para julgar seus companheiros, avaliando o grau de honestidade e capacidade pelo poder aquisitivo. Na verdade, não analisam a questão na sua íntegra, pois, se dessa forma agissem, constatariam que os incultos são os que não tiveram acesso a boas escolas, a bons cursinhos e universidades, nem a oportunidades de intercâmbio, por exemplo.
Portanto, a sociedade, que se diz democrática, deveria dar ouvidos a essa classe social posta em isolamento, e entender os motivos pelos quais os tachados incultos se encontram nessa situação. Esse seria o primeiro passo para pôr fim ao pior dos preconceitos, o social, que só faz aumentar as diferenças entre as pessoas, ao discriminá-las com base em critérios irrelevantes como o dinheiro.

Obrigada a todos que tem a paciência de ler o que eu escrevo. :)

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador. Um substantivo masculino, com um aspecto plural, com alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. E o artigo era bem definido, feminino, singular: era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal. Era ingênua, silábica, um pouco átona, até ao contrário dele: um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanático por leituras e filmes ortográficos. O substantivo gostou dessa situação: os dois sozinhos, num lugar sem ninguém ver e ouvir. E sem perder essa oportunidade, começou a se insinuar, a perguntar, a conversar. O artigo feminino deixou as reticências de lado, e permitiu esse pequeno índice. De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro: ótimo, pensou o substantivo, mais um bom motivo para provocar alguns sinônimos. Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeça a se movimentar: só que em vez de descer, sobe e pára justamente no andar do substantivo. Ele usou de toda a sua flexão verbal, e entrou com ela em seu aposto. Ligou o fonema, e ficaram alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética clássica, bem suave e gostosa. Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela. Ficaram conversando, sentados num vocativo, quando ele começou outra vez a se insinuar. Ela foi deixando, ele foi usando seu forte adjunto adverbial, e rapidamente chegaram a um imperativo, todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo direto. Começaram a se aproximar, ela tremendo de vocabulário, e ele sentindo seu ditongo crescente: se abraçaram, numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples passaria entre os dois. Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula. Ele não perdeu o ritmo e sugeriu uma ou outra soletrada em seu apóstrofo. É claro que ela se deixou levar por essas palavras, estava totalmente oxítona às vontades dele, e foram para o comum de dois gêneros. Ela totalmente voz passiva, ele voz ativa. Entre beijos, carícias, parônimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais: ficaram uns minutos nessa próclise, e ele, com todo o seu predicativo do objeto, ia tomando conta. Estavam na posição de primeira e segunda pessoa do singular, ela era um perfeito agente da passiva, ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular. Nisso a porta abriu repentinamente. Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido tudo, e entrou dando conjunções e adjetivos nos dois, que se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas. Mas ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tônica, ou melhor, subtônica, o verbo auxiliar diminuiu seus advérbios e declarou o seu particípio na história. Os dois se olharam, e viram que isso era melhor do que uma metáfora por todo o edifício. O verbo auxiliar se entusiasmou, e mostrou o seu adjunto adnominal. Que loucura, minha gente. Aquilo não era nem comparativo: era um superlativo absoluto. Foi se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado para seus objetos. Foi chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu tritongo, propondo claramente uma mesóclise-a-trois. Só que as condições eram estas: enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria ao gerúndio do substantivo, e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino. O substantivo, vendo que poderia se transformar num artigo indefinido depois dessa, pensando em seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na história: agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, jogou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva.

um dia inteiro pra conseguir isso ;| êê vidão!
vou descansar meus neurônios (: Então tá, boa noite pra todas as criaturas que aqui habitam!

Muitas vezes eu queria poder enxergar o que as outras pessoas vêem a beleza perfeita e o conteúdo inexistente! Medíocre tentativa de consumismo. Estão rotulando o mundo com padrões, e deixando a maioria da população acéfala. Concordo também em alguns pontos disso tudo, mas acho uma idiotice o que muitas mulheres fazem por aquele corpo que irá passar por inúmeros julgamentos adiante. Como diria uma amiga minha: A beleza atrai, mas o conteúdo convence. E se isso tudo que eu digo é por meio de coragem ou drástica falta de concepção de "informações", mil perdões queridos manipuláveis. Aquele beijo pra vocês! --'

quinta-feira, 26 de junho de 2008

De onde ela vem? De que matéria bruta vem essa luz que sobre as nebulosas, cai de incógnitas criptas misteriosas, como as estalactites de uma gruta? Vem da psicogenética e alta luta. Do feixe de moléculas nervosas, que em desintregações maravilhosas, delibera, e depois quer e executa. Vem do encéfalo absconso que a constringe, chega em seguida as cordas da laringe, tísica, tênue, mínima, raquítica, quebra a força centrípeta que a amarra, mas de repente e quase morta, esbarra, no molambo da língua paralítica.



Tudo pode ser perfeito.

quarta-feira, 25 de junho de 2008


não quero que você vá embora.
não quero que você fique por ventura longe de mim.
não quero te perder de vista.
não quero ficar longe de ti.
fica aqui comigo, num momento chamado sempre!
o teu jeito é único,
posso até chamar de sedutor.
sabe o que dizer, como dizer,
e sempre me surpreende com palavras novas,
agradáveis, inteligentes, e de fato, sinceras.
sendo o abraço que passa calor,
o beijo que passa ternura,
o olhar que passa verdade e
a convivência que ensina amor.
" e todo mundo diz que ele completa ela e vice-versa."

promete que nos veremos logo?
promete que isso não vai ficar assim?
nao consigo suportar, a falta do teu olhar.

terça-feira, 24 de junho de 2008

fatalidade. tristeza. lágrimas. aperto no peito.
uma alma boa, que ao mundo trouxe verdadeiras alegrias, risadas, felicidade! que ensinou, cuidou, perdeu, ganhou, chorou, riu, sentiu, foi. deixando marcas, aos céus uma amiga foi, mas nesse tempo que aqui ficou, me ensinou muito. Tua obra está aqui do meu lado, e eu vou fazer ela ter orgulho de ti.
Descanse em paz Flávia Souza.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

é estranho.
eu o acho estranho, mas o estranho dele me fascina
é uma coisa que só vai aumentando
é uma coisa que pouco se controla
tão difícil controlar,
tão difícil esquecer,
é impossível.
entretanto, a maior graça do mundo
é quando as coisas ficam parecidas
encaixadas, na medida
quando se adora, se gosta, se cuida.

tô começando a gostar do que eu escrevo.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

mais que uma paixão, representar se tornou essencial para viver! nele, você solta o que há de mais sombrio que existe em seu interior, nele você se deixa levar por aquilo que lhe pedem, nele você sai do teu corpo para dar espaço a uma personagem que já existe, que já vive, para ser então o ator perfeito, sem ego, sem crises, sem histórias, sem caracteristicas, sem medo, sem vergonha, sem existir o ridiculo.
Mais do que viver, é sentir e agir.

quinta-feira, 12 de junho de 2008